sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Natal tranquilo

É tempo das guirlandas, dos presépios, das luzes coloridas que enfeitam as cidades com suas alegrias alegóricas. Já se achega o Natal. Enquanto Papai Noel acena gracejos do alto de um trenó, cá na terra o consumismo tona-se o tempero principal da tal magia natalina, toda sorte de quinquilharias, brinquedos e presentes ganham lugar em nossas estantes, tão imóveis e inúteis que dali jamais se retirará e nunca deles se fará uso.
Mas esta incrédula de certas tradições, acolhe com satisfação o silêncio, recolhe-se ao espaço aconchegante de sua alcova, donde envolta em seus lençóis, embevece os sentidos com canções que em nada lhe recordam os jingle bell’s natalícios. Na toada de Fados, Blues e Rock ‘n Roll, embalam-se os desejos de um natal que faz sentir a cada abrir de olhos. Talvez ainda, corra as vistas num trecho curto de alguma leitura prazerosa, até que daí a pouco lhe convide o sono. Tece então, uma silenciosa prece pelos seus e adormece tendo em seu coração a certeza de que seu Natal, irrestrito a simbolismos periódicos, far-se-á nas manhãs da vida afora.


Ps: Aos amigos (as) que por aqui passam, minhas orações e o desejo de que o Menino Deus nasça todos os dias em nossos corações, que se renovem nossas forças pela busca de um mundo mais justo, fraterno e digno, donde alma e carne se unem na busca pelo céu que se faz urgente no partir do pão.

domingo, 18 de dezembro de 2011

"O trabalho dignifica o homem!!!"

E nas falácias de um capitalismo roto, dissolvo meu domingo, onde aos santos cabe o descanso, e ao trabalhador, a labuta indigna pelo mísero pão.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

...abrindo as "oiças" (v)

"E nós, duas crianças nuas, virgens de nossos ontens
Nos tornamos eu e você, lavados de nossos infernos"




PS: poésie parfaite...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Insone

"Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem"




PS: 02:30hs da madrugada...sono que não chega, amanhã tem vida outra vez!!!

domingo, 30 de outubro de 2011

Aos finalmente...

Nove.
Nona fase, nove espaços, nove cortes curtos do que me sobrou.
O tempo passou sem que eu o contabilizasse corretamente, concretamente.
Foi ele que correu depressa demais para que minhas pernas o acompanhassem?
Me lembro quanto lhe disse: "Vou ficar por aqui o resto da minha vida!!!"
O aqui fugiu-se me aos pés e da vida só mesmo os restos.
Peço mais tempo amigo tempo, por que falta muito que não consegui, porque não percebi suas brincadeiras me chamando ao mundo, porque me confiei no amanhã incerto.
E agora, nesta tarde de apenas nove minutos, sob os reflexos do sol, que brinca faceiro entre nuvens, e que por vezes beija-me o rosto pálido, eu sinto a agonia do que não vai dar tempo.
Tento quantificar a soma dos crescimentos e eles me soam tão pequenos às grandezas dos meus sonhos. 
Não vai dar tempo!!!Não vai dar tempo!!!






Ps: Quase cinco anos juntos!!!E faltam tantos rostos nessas fotografias..

terça-feira, 25 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

pur'arte


Ele passou num dia corriqueiro, desses que o nada se assenta amigo bem-vindo
Sujeito magro, folgadas, fogosas, roupas coloridas
Cara pintada, jeito faceiro, você me fez rir
E eu que há tanto não experimentava o riso
Achei estranha aquela forma de face incontrolavelmente tomada de alegria alheia do ser
E eu que há tanto não experimentava o riso
Cai no seu jogo de olhares e luzes brilhantes como quem prova o melhor dos sabores
Eu provei do seu gosto, eu vi tudo o quanto diziam e me apeguei ao seu corpo ligeiro
Quero de novo meu rosto a se encher das dobras do tempo, das flores e dos tons



terça-feira, 4 de outubro de 2011

...abrindo as "oiças" (IV)

Se tão bela quanto cantada, quero conhecer a Galiza!!!




Em tempo: Divinal a voz da Sara Vidal, mas uma cria talentosíssima da "terrinha".

Indigno populacho

Que o mundo caminha para um cataclismo ideológico quando se fala em "adesão cultural", já se sabe há um tempo. E se sabe também que é de suma importância os poucos "movimentos" regidos, em sua grande maioria, por entidades sem fins lucrativos, mas que, encabeçadas por uns poucos indivíduos de visão alargada, promovem/materializam a tão escassa e sonhada apropriação dos valores pertinentes a cada individuo, dentro de sua coletividade especifica. Papo de historiador?!?!?! Que nada. A coisa é bem popular, melhor dizendo, seria mais apropriado utilizar aqui o(s) termo(s) como local/regional, já que a idéia "moderna" e vulgarizada pelo do "popular" nos remete a ações de cunhos culturalmente desajustados/alienados. Pois quê, se a terminologia se desgasta, quando pronunciada em meio a uma série de distúrbios gestados pela insuficiência em gerir escolhas e pela tão proclamada liberdade (na verdade, sobra de um sistema de proporções dantescas e que obriga/vicia certas posturas) que a tudo censura e torna proibitivo, indigna-nos os moldes rotos sob os quais se querem enfiar goela adentro "a boa música” (apenas a citar um aspecto do todo...). Falo pois que, estes dias tivemos o prazer (...e para uns poucos isto se constituiu em evento agradável de fato) de receber em nossa estimada cidade, Pombal, a cantora de MPB (outro termo irrisório, que remete novamente a vulgarização do populesco) Leila Pinheiro. De trabalho belíssimo, a moça, que foi do convívio íntimo de Renato Russo, tem o novo CD composto por canções da Legião Urbana, reinterpretadas de modo bastante particular, não foi suficientemente "hábil" para agradar o público pombalense, em sua apresentação em praça pública na noite do sábado passado (01/09/11), o que se apercebia entre a juventude aglomerada no Largo do Centenário, eram os comentários irritados sobre a má qualidade do show, bem como da artista ali presente. Acho engraçado como não houve reação alguma contra o show do Aviões do Forró, dia anterior na AABB, ao contrário, foi pela PRIMEIRA VEZ que se organizou uma passeata dos estudantes universitários, reunidos em torno da mesma praça que dia seguinte sediaria o show de Leila, a protestar contra o preço dos ingressos do Aviões do Forró. Os estudantes pediam pelo pleno direito de comprar a senha pela metade do preço. A senha não baixou!!! Mesmo assim, todos estavam lá, lotando a AABB para ver o Aviões de Merda tocar. No show da Leila (acústico de voz e piano belíssimo), críticas e cara-feia, mas pra ouvir aquele forrozinho vagabundo e plastificado, todo mundo pagou caro e achou muito bom. Admira-me a atitude dos nossos estudantes universitários, que não vão à prefeitura ou as ruas reclamar quando os ônibus quebram e perdemos semanas de aula, ou, quando nos apertamos nos esdrúxulos revezamentos de transportes que excedem em muito sua capacidade de passageiros, colocando nossas vidas e/ou integridades físicas em risco, pra conseguir chegar as universidades. Talvez não valha mais aqui minha indignação ultrapassada, minha postura antiquada, em desuso, mas não consigo calar perante certas imundícies sociais, certas ações encabrestadas pela ignorância e burrice de uma  juventude/povo rota e imprestável, se não, ao próprio ofício de se guiar pela massificação midiática e modista.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Silêncio!!!

Joan Baez respondia às estranhezas de um dia que, de tão sóbrio, feria a condição do que somente se anseia  para um simples dia!!! 



PS: Sutilezas do Folk tão propriamente melódico, que chegar a ser sombrio...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ranhuras

Setembro seco,
Um rebento ingrato rompe portas adentro
O vento esparso dança sobre seu rosto
Juvenil dos séculos idos e de tantas fantasias
Ela roça a face na areia fina
Um vislumbre de sabores arredios
Opaca presença dos que lhes são caros,
Em carne e coração. 

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Põe-me as mãos nos ombros...
Beija-me na fronte...
Minha vida é escombros,
A minha alma insonte.

Eu não sei por quê,
Meu desde onde venho,
Sou o ser que vê,
E vê tudo estranho.

Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão.
Sonhar é sabê-lo.


Fernando Pessoa


sábado, 10 de setembro de 2011

Escrito na seda...

Noite Morta

Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.

Ninguém passa na estrada.
Nem um bêbado.

No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
Sombras de todos os que passaram.
Os que ainda vivem e os que já morreram.

O córrego chora.
A voz da noite . . .

(Não desta noite, mas de outra maior.)



Petrópolis, 1921




(Manuel Bandeira)

Orquestra Sinfônica da Paraíba

De Villa-Lobos à Vital Farias.
Uma noite indubitavelmente agradável!!!




Em tempo: Fato curioso me chama atenção durante a apresentação. Percebo como o "não-dito" incomoda, perturba a "platéia". Como se música não fosse sentido, como se música não fosse a levada das emoções. Eis que tudo aquilo falou demais ao meu "coração estrangeiro". 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ao país Independente!!!


Regozijo sobre o abrir das cortinas. Nossa nação, devidamente "civilizada", recebe as honrarias todas que lhes cabe. Brandimos ao som da marcha oficial, que rege a platéia-povo, no ribombar dos batuques absurdos, intercalados pelos tiros apaziguadores, descidos de nossas favelas.
Consta aqui o "orgulho cívico" de pertencer a massa dos independentes!!!!


De toda uma vida...


Há muito de agradecimento, de labores, de influências
Há muito de aceitação, de efervescências, de segredos ditos num cochicho recolhido
Há muito de portas fechadas, de montanhas intransponíveis
Há muito de gostos, de amores, de pesares, de faltas irreparáveis
Mãos que abençoam, outras que apedrejam
Só me valho das mãos que encaminham, das que, ausentes, por mim velam...


(À Paccelli Gurgel: In memoriam e ausências pungentes)
 

                                       







































Ps: O moço aí das fotos??? Amigo de estima indizível, de apreços e momentos impagáveis se não, com gratidão.

sábado, 3 de setembro de 2011

...abrindo as "oiças" (III)

Retoques...



PS: Escuto esse povo e penso que a nova geração da música paraibana "tem geito", tem forma, tem cara...(Em meio à puerilidades tantas, escapa um suspiro aliviado. Axé aos deuses dos sons!!!)

domingo, 28 de agosto de 2011

Falando de gente...

E como se tratam de gentes, por hora somos poetas, proclamadores do social.
Historiadores, quando nomeiam ofícios.
Mas como se tratam de gentes...
Dentro do balaio de coisas, nada é de um geito só.


"A multidão é espontânea; vista de fora e de cima ela realiza atos unidirecionais...
ao ouvi-la de longe, um espectador irá ignorar que possivelmente existem ali vozes minoritárias que silenciam ou aplaudem enquanto a maioria vaia...
só percebemos os indivíduos que caíram e foram pisoteados quando a multidão se afasta e deixa um clarão atrás de si"    


(José D'Assunção Barros)

Très précise...


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

...abrindo as "oiças" (II)

Tudo tornou-se sóbrio e cantavam como quem germina latinidades.
Um choro, um poema, um canto entoado, brandindo agruras deste circo multicolorido.


domingo, 21 de agosto de 2011

Quebrantos

Sou história, sou discurso
Falo de securas e sutilezas 
Quando nem sempre é tão gentil o bater das asas
Por hora, revolvem-se turbulentas as ondas
No mar que dantes via não mais que silêncio
Aporto, sinto os cheiros e tateio o novo
Fecho os olhos
Algozes, que tudo venha em um só centeio

domingo, 14 de agosto de 2011

Conta outra!!!

Você, com certeza, já ouviu aquela velha frase que diz ser a grama do vizinho sempre mais verde, o chuveiro elétrico do vizinho o que esquenta melhor e a namorada gostosona do cara, uma versão "adolescente sem pudores" da Michelle Pfierffer. E quando você se deita, todos os dias,  naquela cama dura, olha para o lado e vislumbra sua esposa gorda e desdentada, que mais parece "Cleide" a mulher do capeta, clama desesperado em sua oração de desencargo de consciência: Por que não comigo Deus?”.
 Esqueça tudo isso meu amigo!!! Das milhares de maravilhas encontradas nos interiores das paredes dos espaços "agregados", tão somente me interessaria um certo aparelho de som que ultrapasse os 2.200 watts de potência sonora e de alcance acústico avassalador.
Tivesse eu o tal bichinho aí mencionado, não cobiçaria sequer aquele Honda Civic de designer ultramoderno, que o abençoado coloca na garagem, encabeçando a sessão "carrões do ano” (e os matem sabe-se Deus como, haja vista o desavisado vizinho não fazer patavinas alguma de sua inerte existência  - nada, ao menos, que seja presenciado em horários comerciais ou legalmente permitido).
De toda parafernália material que se pode cobiçar do ser vivente ao lado, apenas uma realmente me interessa, e não pense que é por vaidade minha, mas diga você, se encontra uma fagulha sequer de cabimento nesta situação: Estava eu concentradíssima a fichar os textos que me garantiriam, com o melhor dos espíritos otimistas, uma favorável primeira nota em certa disciplina, quando precisamente ( Precisamente sim senhor!!!Pois que estava com relógio no pulso e fiz questão de registrar com exatidão o inicio da tortura psicológica deferida contra esta pobre alma que vos escreve.) às 13:27 da tarde, me toma de assalto aquela vinheta vagabunda: "Aviões do Arrocha: A pegada quente do verão".
Pronto!!!Tá feito o desmantelo, acabou-se minha tarde, minha paz, meu sossego, minha tolerância!!! Como se não bastasse, o CD devera ser de qualidade tão questionável (...e tenha por certo que o era.) que só cotinha uma única faixa, ou poderia ainda se cogitar a possibilidade (Pelos céus!!!!Não quero crer, não quero crer!!!) do nível de abstração de meu estimadíssimo vizinho ser tamanho, que não lhe permita aprender a "letra" daquele feito ( Que virá a ser tudo, menos música, ou melhor, que poder ser pouquíssima coisa.) complexo, composto de nada mais que uma estrofe contendo a frase: "Arrocha!!!Arrocha!!!", com apenas uma “tocada”?.
Minha tarde se arrastou a passos de tartaruga nesta ladainha penitenciosa até as 17: 54, quando, por obra e graça dos deuses pagãos, o tirinete de "barulhos e besterios" cessou!!!
Ah amigos!!!Tivesse eu com meu "sonzinho" imaginário seguramente materializado em minha sala, quarto, cozinha, não importa o cômodo, a vastidão do alcance seria sentidamente devastador, tinha ligado o dito cujo no soar mais alto das possibilidades, para ouvir, só a exemplificar, o Freddie Mercury (...eita que agora bateu a saudade de ouvir Queen!!!Providenciemos!!!), teria resolvido dois problemas de uma vez só:  evitaria meu stress e garantiria ao vizinho uma boa dose de "informação musical" sadia e por demais qualitativa!!! E não vá torcer a cara com perguntas do tipo: Freddie quem? Se assim o fizer, recolha-se!!! Você com certeza é o vizinho mala de alguém!!!

sábado, 13 de agosto de 2011

...abrindo as "oiças" (I)

Um pouco da vastidão de "sons" que me chegam as oiças e que com prazer com partilho aos amigos!!!






PS: O som dos pernambucanos da Banda de Pau e Corda, na canção Esperança, grupo vertente do Armorial, os caras tem uma trabalho incrível, sou suspeitíssima a falar, é claro!!!Mas veja isso e diga se dá para não gostar?!!!

Parafraseando-se!!!

Em tempos: Quando você visita o espaço de alguém, obviamente, que saber algo sobre a tal pessoa. Partindo de tal pressuposto, todo blog tem no seu perfil uma ferramenta, freqüentemente utilizada, destinada ao "quem sou eu", com um numero de caracteres risível à definição complexa do que se convenciona mencionar de eu/você, mais irrisório ainda, torna-se a autodefinição, posto que cada indivíduo transmuta-se cotidianamente filtrando uma porção de "experiências novas" e de "velhos espaços" freqüentados e remoldados às nossas atuais conveniências. O que temos então senhores, são sempre impressões de nós mesmos. Se, por curiosidade, interesse ou qualquer motivo outro impensável, você por aqui passar, deixo neste post um pouco dessas impressões de mim, contudo, vou logo esclarecendo, a coisa muda todo santo dia e em dias nem tão santos assim, nem eu mesma poderia lhe falar. No momento, é o que consta.



Sou uma daquelas pessoas chatas de conviver!!! Daquele povo que te faz mudar de calçada quando, por infelicidade do destino, você tem o desprazer de encontrar num acaso insatisfeito. A isto, certamente se devem um certo monte de  “elogios” que se me destinam, e quando o tema abordado então é de ordem sensorial, cultural, abstrata, melhor não entrar em detalhes: de antisocial à louca revoltada, de beata à herege, são sempre opiniões, que, de tamanha reticência,  já me soam comuns em meio a tantas outras “sutilezas” pronunciadas. (Da autoria dos comentários, o bom tom não permite aqui esmiuçar nada mais que, para mim, a irrelevância dos ditos, deixemos...deixemos). Contudo, há sempre aqueles que te enxergam em momentos antagonicamente múltiplos e que sabem, a despeito dos rótulos embaraçosamente recebidos, que podem contar com mãos calejadas e os singelos préstimos  sempre que necessário for. De  poucos amigos de convívio e "luta", faço questão de manter certos níveis, certas propensões. A despeito de todas as toneladas de lixo social que despejam praças da vida  a fora e que, lamentavelmente, alimentam, de uma inércia cega, nossos jovens (e, já nem sei se me enquadro em tal categoria, posto que certas "idades" soam mais pertinentes que alguns propósitos práticos, nisto, sem penumbra alguma de incerteza, adquiri algumas destrezas e, para certos sabores, sou já senhora formada.), me alimento do que "cato" nos becos, nas vielas e periferias, onde consigo compor gostos e sons peculiares, tenho apreço em selecionar experiências, nichos culturalmente próprios e que julgo apropriado a minha caminhada, é disto que me componho. Acredito, mais que tudo, na mão Deus agindo em nossas vidas, e faço contraponto a certas ritualísticas religiosas que dantes me formei, sou dos que crêem em religião libertadora, em palavra vinda dos céus, mas que vivida com os pés seguramente plantados no chão, que buscam O Deus no meio do povo, reitero, que buscam Deus. Não acredito, não aceito, não compactuo com os que alienam, com os que manipulam, com os que tiram do povo a pouca dignidade de latinos mestiços que somos. Uma Nordestina convicta da carga de responsabilidade e estigmas que carrega nos ombros, decorrente da mística de nascer neste tasco de chão tórrido. Guardo certos valores, certas marcas, certas presenças, algumas já "ausentes", que muito de mim/por mim fizeram, sou dos que recolhem, dos que conservam, dos que são/vivem um Sertão de Sentidos.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

De traços e tato...


Todas as vezes que penso em tempo, testo um destino diferente. Me moldo criança ativa, vivaz, ser amorfo, que parte de um tudo, parte de nada.
Percalços, proezas, ócios e virtudes, de tudo me componho, reinvento, refaço caminhos e projeto probabilidades.
Faço perguntas ao bêbado na rua e peço um pouco de esperança compartilhada dos mendigos nas calçadas.
Calço meus pés de cores e visto meus ouvidos de sons ignóbeis, tenros, que entoam amanhã melhor. 
Ouso libernagens de ontem. Ouso o sempre.

sábado, 30 de julho de 2011

Lamento não senhor!!! Isto é Fado!!!

E para contrastar com a criação relutante e certamente insegura do presente espaço, a sonoridade forte e tocante do Fado na voz desta Dona, que tem, por certo, lugar privilegiado entre os anjos, ao nos proporcionar o prazer de "sentir música". Declaradamente uma relação de amor platônico!!!


 


Em tempo: Uma das canções mais bonitas do último trabalho da moça, lançado em 2010 e intitulado de Fado Tradicional, como o próprio nome sugere, interpretações de "grandes fados" na voz da Mariza. O CD é de um bom gosto extremo, eu recomendo!!!