sábado, 13 de agosto de 2011

Parafraseando-se!!!

Em tempos: Quando você visita o espaço de alguém, obviamente, que saber algo sobre a tal pessoa. Partindo de tal pressuposto, todo blog tem no seu perfil uma ferramenta, freqüentemente utilizada, destinada ao "quem sou eu", com um numero de caracteres risível à definição complexa do que se convenciona mencionar de eu/você, mais irrisório ainda, torna-se a autodefinição, posto que cada indivíduo transmuta-se cotidianamente filtrando uma porção de "experiências novas" e de "velhos espaços" freqüentados e remoldados às nossas atuais conveniências. O que temos então senhores, são sempre impressões de nós mesmos. Se, por curiosidade, interesse ou qualquer motivo outro impensável, você por aqui passar, deixo neste post um pouco dessas impressões de mim, contudo, vou logo esclarecendo, a coisa muda todo santo dia e em dias nem tão santos assim, nem eu mesma poderia lhe falar. No momento, é o que consta.



Sou uma daquelas pessoas chatas de conviver!!! Daquele povo que te faz mudar de calçada quando, por infelicidade do destino, você tem o desprazer de encontrar num acaso insatisfeito. A isto, certamente se devem um certo monte de  “elogios” que se me destinam, e quando o tema abordado então é de ordem sensorial, cultural, abstrata, melhor não entrar em detalhes: de antisocial à louca revoltada, de beata à herege, são sempre opiniões, que, de tamanha reticência,  já me soam comuns em meio a tantas outras “sutilezas” pronunciadas. (Da autoria dos comentários, o bom tom não permite aqui esmiuçar nada mais que, para mim, a irrelevância dos ditos, deixemos...deixemos). Contudo, há sempre aqueles que te enxergam em momentos antagonicamente múltiplos e que sabem, a despeito dos rótulos embaraçosamente recebidos, que podem contar com mãos calejadas e os singelos préstimos  sempre que necessário for. De  poucos amigos de convívio e "luta", faço questão de manter certos níveis, certas propensões. A despeito de todas as toneladas de lixo social que despejam praças da vida  a fora e que, lamentavelmente, alimentam, de uma inércia cega, nossos jovens (e, já nem sei se me enquadro em tal categoria, posto que certas "idades" soam mais pertinentes que alguns propósitos práticos, nisto, sem penumbra alguma de incerteza, adquiri algumas destrezas e, para certos sabores, sou já senhora formada.), me alimento do que "cato" nos becos, nas vielas e periferias, onde consigo compor gostos e sons peculiares, tenho apreço em selecionar experiências, nichos culturalmente próprios e que julgo apropriado a minha caminhada, é disto que me componho. Acredito, mais que tudo, na mão Deus agindo em nossas vidas, e faço contraponto a certas ritualísticas religiosas que dantes me formei, sou dos que crêem em religião libertadora, em palavra vinda dos céus, mas que vivida com os pés seguramente plantados no chão, que buscam O Deus no meio do povo, reitero, que buscam Deus. Não acredito, não aceito, não compactuo com os que alienam, com os que manipulam, com os que tiram do povo a pouca dignidade de latinos mestiços que somos. Uma Nordestina convicta da carga de responsabilidade e estigmas que carrega nos ombros, decorrente da mística de nascer neste tasco de chão tórrido. Guardo certos valores, certas marcas, certas presenças, algumas já "ausentes", que muito de mim/por mim fizeram, sou dos que recolhem, dos que conservam, dos que são/vivem um Sertão de Sentidos.


Um comentário:

  1. EEEEEEbbbaaa... Bem vinda à blogosfera, cara Niara. Um presente ao bom gosto sua presença. Estarei sempre por aqui. Estás linkada no Visão Noturna.

    Abração!

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