quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Silêncio!!!

Joan Baez respondia às estranhezas de um dia que, de tão sóbrio, feria a condição do que somente se anseia  para um simples dia!!! 



PS: Sutilezas do Folk tão propriamente melódico, que chegar a ser sombrio...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ranhuras

Setembro seco,
Um rebento ingrato rompe portas adentro
O vento esparso dança sobre seu rosto
Juvenil dos séculos idos e de tantas fantasias
Ela roça a face na areia fina
Um vislumbre de sabores arredios
Opaca presença dos que lhes são caros,
Em carne e coração. 

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Põe-me as mãos nos ombros...
Beija-me na fronte...
Minha vida é escombros,
A minha alma insonte.

Eu não sei por quê,
Meu desde onde venho,
Sou o ser que vê,
E vê tudo estranho.

Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão.
Sonhar é sabê-lo.


Fernando Pessoa


sábado, 10 de setembro de 2011

Escrito na seda...

Noite Morta

Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.

Ninguém passa na estrada.
Nem um bêbado.

No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
Sombras de todos os que passaram.
Os que ainda vivem e os que já morreram.

O córrego chora.
A voz da noite . . .

(Não desta noite, mas de outra maior.)



Petrópolis, 1921




(Manuel Bandeira)

Orquestra Sinfônica da Paraíba

De Villa-Lobos à Vital Farias.
Uma noite indubitavelmente agradável!!!




Em tempo: Fato curioso me chama atenção durante a apresentação. Percebo como o "não-dito" incomoda, perturba a "platéia". Como se música não fosse sentido, como se música não fosse a levada das emoções. Eis que tudo aquilo falou demais ao meu "coração estrangeiro". 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ao país Independente!!!


Regozijo sobre o abrir das cortinas. Nossa nação, devidamente "civilizada", recebe as honrarias todas que lhes cabe. Brandimos ao som da marcha oficial, que rege a platéia-povo, no ribombar dos batuques absurdos, intercalados pelos tiros apaziguadores, descidos de nossas favelas.
Consta aqui o "orgulho cívico" de pertencer a massa dos independentes!!!!


De toda uma vida...


Há muito de agradecimento, de labores, de influências
Há muito de aceitação, de efervescências, de segredos ditos num cochicho recolhido
Há muito de portas fechadas, de montanhas intransponíveis
Há muito de gostos, de amores, de pesares, de faltas irreparáveis
Mãos que abençoam, outras que apedrejam
Só me valho das mãos que encaminham, das que, ausentes, por mim velam...


(À Paccelli Gurgel: In memoriam e ausências pungentes)
 

                                       







































Ps: O moço aí das fotos??? Amigo de estima indizível, de apreços e momentos impagáveis se não, com gratidão.

sábado, 3 de setembro de 2011

...abrindo as "oiças" (III)

Retoques...



PS: Escuto esse povo e penso que a nova geração da música paraibana "tem geito", tem forma, tem cara...(Em meio à puerilidades tantas, escapa um suspiro aliviado. Axé aos deuses dos sons!!!)